Dia Internacional da Dança com Dança!

Há muito tempo que não escrevo sobre os meus passos na dança, a minha trajetória por esse universo incrível que compartilho com vocês todas as semanas (e que aliás tem vídeo novo logo mais...). A grande verdade é que eu andava meio desanimada, sem inspiração pra escrever, principalmente por alguns acontecimentos que me deixaram bastante decepcionada... Mas se nem as grandes bailarinas se deixam abater após uma queda em um espetáculo, quem sou eu para abaixar a cabeça e aceitar as coisas como estão? Ballet é sinônimo de superação, o show tem que continuar!
É com esse sentimento de confiança que hoje, pela primeira vez, comemoro o Dia Internacional da Dança no blog! E nessa celebração compartilharei a minha dança. Em cinco anos de Ballet participei de um espetáculo de gala e três Mostras Internas, e desses apenas três coreografias foram registradas.

Dança Russa (O Quebra-Nozes - 2011)
Todo mundo sabe do meu amor incondicional por Tchaikovsky e seu legado, e O Quebra-Nozes tem um lugarzinho especial no meu coração! Ter sido meu primeiro repertório foi um grande presente, mas devo confessar: não foi um sonho totalmente realizado! O Porquê? A professora simplesmente trocou uma música original do Quebra-Nozes (essa aqui), e colocou em seu lugar um pop romântico da Mariah Carey! Preciso dizer que levei um balde de água fria quando assisti o primeiro ensaio geral? Sonhava em dançar a peça como ela é (e não estou falando de técnica), mas a realidade foi bem diferente... Em contrapartida, tirando esse "pequeno" detalhe (que até hoje eu não me conformo!), a minha coreografia foi demais, alegria pura, e eu me senti muito feliz em poder dançá-la e fazer parte da grande festa do Reino dos Doces!


Era Uma Vez... Uma Cigana (2013)
Como grande fã dos clássicos que sou, tenho o desejo de dançar várias coreografias de repertório. Na impossibilidade de interpretá-las como são, encontrei na Mostra Interna um jeito de homenagear as peças e músicas que eu gosto através de coreografias adaptadas à minha realidade.
A primeira, que não tem registro (a não ser uma foto cuja qualidade deixa a desejar), foi uma versão para duas pessoas de "As Amigas de Swanilda", de Coppélia. Acreditem: eu fui criticada pela escolha, e me aconselharam: "Você poderia ter optado por outra música sem envolver um ballet de repertório". Cá entre nós: Se as companhias profissionais remontam as peças das mais diversas maneiras, e até contextos diferentes, porquê eu, com o conhecimento que tenho, não posso fazer menção a uma peça querida em um espetáculo escolar?
Questionamentos a parte, no ano seguinte fui pela mesma linha. Queria dançar um solo de Raymonda, mas como estava fora do meu alcance, criei um solo inspirado no universo do ballet Paquita. A música foi a coda do pas de trois. Infelizmente, o vídeo está sem começo...

Tarentella (2014)
Para a terceira Mostra eu queria algo diferente... A primeira ideia foi criar um trois inspirado na coda do Sonho de Don Quixote, e eu até tinha duas colegas em mente, que aceitariam dançar comigo. O problema foi o horário pra ensaio, as agendas não batiam, e acabei descartando a opção naquele momento. Depois pensei num solo clássico livre, com algum tema instrumental de série ou filme. No fim, eu fui apresentada à Tarantella do Ballet Anyuta, e me apaixonei perdidamente! Ao assistir, pensei: "Porquê não transformá-la em uma coreografia de Dança Caráter?". Foi assim que nasceu a minha Tarantella, inspirada na original de Vladimir Vasiliev.


Eis aqui a minha pequena, mas intensa, trajetória na dança até agora, sempre feita com muito amor! Por mais que esteja apenas no começo, tenho certeza que dançarei todas as coreografias e solos que desejo! Meu sonho: Dançar o Adágio da Rosa na minha formatura! Até lá, muita coisa vai acontecer...

Feliz Dia Internacional da Dança!

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